Cracóvia, uma das cidades mais bonitas da Europa

A Cracóvia é uma das cidades mais visitadas do Leste Europeu, repleta de igrejas históricas, casarios medievais preservados num clima de conto de fadas com direito a castelo e tudo mais.

CRACÓVIA

Cracóvia foi fundada no ano 700 d.C. por um sapateiro chamado Krak, que se tornou o primeiro rei da Polónia, cuja capital foi Cracóvia entre 1320 e 1596.

O Centro Histórico de Cracóvia foi inscrito pela UNESCO em 1978 na lista do Património Mundial. Citada como uma das cidades mais bonitas da Europa, bem como um dos destinos mais particulares no mundo, a cidade tem uma herança cultural extensa que atravessa as épocas do gótico, renascimento e barroco.

COMO CHEGAMOS

Chegamos no Aeroporto João Paulo II (KRK) que fica em Balice, distante 11km do centro histórico de Cracóvia, facilmente ser acessado pelo Trem Balice Ekspres que leva 20 minutos do aeroporto até a ferroviária Krakow Glowny, a menos de 10 minutos de caminhada do centro, ou de ônibus num percurso de 30 a 40 minutos. Você ainda pode pegar um Uber, que foi a nossa escolha.

O HOTEL

Ficamos hospedados em um dos apartamentos da Yourplace Apartments muito confortável e bem localizado, ao lado de todas as atrações da cidade. Você pode ver o post de como foi nossa hospedagem no Yourplace Apartments, aqui.

O QUE COMEMOS

Jantamos no maravilhoso Restaurante Wierzynek, o mais antigo da Cracóvia, que iniciou os serviços no ano de 1364 com o inesquecível banquete de casamento da neta do rei polonês Casimiro, o Grande, Elizabeth, com Carlos de Luxemburgo, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, que durou 21 dias e que até hoje ainda está bem ao lado da praça principal, a alguns passos do mágico Castelo de Wawel e seu dragão. Você pode conferir como foi nossa experiência no Restaurante Wierzynek, aqui.

O ROTEIRO

A Cracóvia é uma cidade em que todas as atrações ficam concentradas, bem próximas umas das outras apenas caminhando. Em um dia é possível conhecer toda a cidade. Reservamos, então, o segundo dia para conhecer as Minas de Sal de Wieliczka e o Museu Auschwitz-Birkenau.

Dia 1

Começamos visitando o Castelo de Wawel, que envolve o Palácio de Wawel e a Catedral de Wawel numa construção que é o mais importante marco do passado nobre da cidade, com seus apartamentos luxuosos e amplo jardim. Infelizmente não é permitido fotografar o interior do palácio e da catedral.

Fomos conhecer a Igreja de Pedro e Paulo, Kosciol Sw Piotra i Pawla, uma Igreja em estilo barroco construída por jesuítas entre 1597 e 1619. Uma curiosidade é que eles gastaram mais dinheiro do que o esperado com a fachada e belas estátuas dos doze apóstolos e por isso o interior acabou ficando relativamente mais simples.

Fomos para a Rynek Glowny, a Praça do Mercado, a maior praça da Cidade Velha, considerada uma das maiores praças medievais da Europa, que data do Século XIII, onde se concentram esculturas, fonte e os restaurantes e onde está o Sukiennice o mercado-museu Sukiennice/Cloth Hall, coberto e de influência renascentista, repleto de lojas.

Nossa próxima parada foi a Basílica de Santa Maria, Kosciól Mariacki, a igreja com fachada de tijolos e duas torres assimétricas que fica na praça Rynek Glowny. De hora em hora, há um toque de trompete interrompido repentinamente em homenagem a um homem que levou uma flechada na garganta quando avisou sobre a iminência de uma invasão em 124, quando as tropas Tatar estavam se aproximando de Cracóvia. Ele alertou a cidade sobre o inimigo que avançava apenas a tempo de fechar as portas da fortificação, no entanto, uma flecha perfurou a garganta do trompetista antes que ele pudesse tocar até o fim.

Além disso, vimos a torre da Antiga Prefeitura, Town Hall, que é ricamente decorada e do alto de onde se tem uma das mais belas vistas no centro histórico; ao lado dessa torre fica a escultura Eros Vendado, uma escultura de uma enorme cabeça reclinada do deus grego do amor e erotismo – uma das mais fotografadas da cidade – de autoria do polonês Igor Mitoraj, famoso por retratar a fragilidade da natureza humana e sua degeneração ao longo do tempo, através de esculturas fragmentadas do corpo humano.

Visitamos o Podziemia Rynku, um museu subterrâneo situado por baixo do Rynek Glowny que conta a história da cidade e fala particularmente dos restos arqueológico medievais relacionados com o Sukiennice encontrados há pouco tempo. Só entram 300 pessoas de cada vez e os bilhetes devem ser comprados antes, aqui.

Seguimos para a Porta de São Floriano, porta de entrada da Cidade Antiga, a mais famosa, e, logo que se atravessa o arco, já dá parar ver vários artistas de rua expondo seus quadros no muro.

Fomos até o Barbican, a torre de defesa que protegia a porta de São Floriano. Considerado uma obra-prima da engenharia militar medieval construída em 1499, a fortaleza circular é um dos únicos três postos avançados fortificados que ainda sobrevivem na Europa

Ao lado, está o Monumento a Jan Matejko, de Jan Tutaj, inaugurado em novembro de 2013, no ano do seu 175º aniversário que também era o 120º aniversário de sua morte. É uma homenagem a um dos maiores pintores da Polônia famoso por suas retratações históricas épicas e extravagantes, onde o artista está sentado dentro de uma grande moldura. Está localizado ao lado da Barbican, ao longo da caminhada diária de Matejko de sua casa até a Academia de Belas Artes. 

Seguimos até a Basílica da Santa Trindade construída pelos monges dominicanos de Bolonha em 1223. O notável edifício de estilo gótico foi reconstruído ao longo dos séculos, e é hoje em dia um dos maiores e mais importantes locais de culto da Cracóvia. Nela também é proibido fotografar no seu interior.

Visitamos o Bairro Judeu Kazimierz, onde durante muito tempo os judeus foram destinados a viver, destruído na Segunda Guerra Mundial.

Dia 2

No nosso segundo dia, fomos conhecer as famosas Minas de Sal de Wieliczka e o Museu Auschwitz-Birkenau em um passeio de um dia inteiro.

Minas de Sal de Wieliczka

O passeio pelas Minas de Sal de Wieliczka, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. é uma das atrações mais concorridas na Polônia.

A mina fica em Wieliczka, na região metropolitana da Cracóvia, a uns 20 minutos do centro. Ela existe desde o século 13, e a mineração comercial terminou em 1996, mas ainda produziu sal até 2007. Suas escavações atingem uma profundidade incrível de 327 metros com mais de 300 quilômetros de túneis e galerias, ao longo dos quais há câmaras e capelas com belas figuras esculpidas que ilustram a história da mineração do sal.

A rota turística descobre a interessante história da mina e permite o passeio através de 3,5 quilômetros de galerias ao longo das quais se veem 22 câmaras com lagos subterrâneos, antigas ferramentas e máquinas e diferentes esculturas e baixos-relevos feitos por mineiros com blocos de sal.
O momento mais surpreendente do percurso é a Capela de St. Kinga, uma impressionante sala de 54 metros de largura que conta com uma bela decoração feita simplesmente a base de sal.

Museu Auschwitz-Birkenau

Construído depois da invasão da Polônia pelos alemães, a cerca de 70 quilômetros de Cracóvia, o complexo de campos de concentração de Auschwitz foi o maior dos estabelecidos durante o regime nazista, onde mais um milhão de pessoas foram assassinadas.

É uma visita pesada, mas imprescindível para se conhecer um dos momentos mais trágicos e importantes da história do século XX, onde os guias nos contaram sem rodeios sobre a forma de vida dos prisioneiros desde sua chegada ao campo.

Faltou alguma coisa em nosso roteiro? Deixe um comentário ou nos envie um e-mail contando como foi sua experiência de Ser Turista na Cracóvia.

O Restaurante Wierzynek e a Yourplace Apartments foram nossos parceiros na Cracóvia e todas as informações do post refletem nossas sinceras e reais experiências e impressões.

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