Mariana, cujo nome é uma homenagem à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei Dom João V, foi a primeira vila, a primeira cidade e, em 1745, a primeira capital da província de Minas Gerais.

Mariana

Mariana, vizinha distante 11 Km de Ouro Preto, foi a primeira capital de Minas Gerais no Século XVIII e a cidade que arrecadou a maior quantidade de ouro na época. Seu Centro Histórico guarda a história do Brasil Colonial, oferecendo aos visitantes belas igrejas, casarões coloniais e pequenos museus, que podem ser visitados a pé.

A Matrix Tur

Fomos conhecer Mariana num bate-volta a partir do nosso passeio em Ouro Preto, que você pode conferir na íntegra aqui (em breve), que foi organizado pela Nathalia Nasser, da Matrix Tur, uma empresa referência de turismo nas cidades históricas de Minas Gerais com mais de 6 anos de experiência em toda a Região dos Inconfidentes.

Percebemos que a visita com um guia de turismo profissional é imprescindível. Há dezenas de ofertas desse serviço nas portas dos monumentos, mas um profissional qualificado, com experiência e conhecimento, como o Cristiano que nos acompanhou, faz toda a diferença.

Endereço: Rua Conde Bobadela, 31, sala 7 – Centro. Ouro Preto-MG.

Telefones: (31) 3552-3070 / (31) 98822-4200

www.matrixtur.comm

Trem da Vale

Iniciamos o nosso inesquecível roteiro com a Matrix Tur  a bordo de um trem turístico, fruto da revitalização de uma antiga ferrovia construída em 1883, que é um dos passeios mais conhecidos da região.

Fizemos uma viagem de aproximadamente 1 hora no vagão panorâmico do Trem da Vale que, diferentemente dos vagões convencionais, tem as paredes inteiras de vidro, que nos permitiu apreciar livremente a paisagem, passando por túneis, cachoeiras e a Mina da Passagem. E, para não perder nada, a grande dica que nos deram é sentar do lado direito do vagão, no sentido Ouro Preto-Mariana.

Os bilhetes e maiores informações para o passeio do Trem da Vale podem ser obtidos aqui.

Estação de Trem de Mariana

Descemos na Estação de Trem de Mariana, também chamada de Estação Parque, que é um complexo composto pela Praça Lúdico-Musical, pela Biblioteca da Estação, pelo antigo casarão que abrigava a estação ferroviária de Mariana e por vagões fixos localizados nos arredores do prédio.

Praça Gomes Freire

Seguimos para a Praça Gomes Freire, uma linda praça rodeada de casarões do Século XVIII, com muitos jardins e bancos em meio às sombras das árvores. O comércio em volta conta com muitos bares, restaurantes e lojas de artesanato.

Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Mariana

Visitamos o Museu de Arte Sacra de Mariana, cidade berço da religiosidade mineira, que está instalado em um casarão de 1770 que funcionava como Casa Capitular, o lugar das reuniões dos cônegos e prisão para eclesiásticos.

Mariana - Museu Arquidiocesano de Arte Sacra

Ele tem um acervo de objetos utilizados no cerimonial religioso como esculturas, prataria, mobiliário, joias, vestimentas e pinturas. Parte do acervo é atribuída a Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde. Infelizmente, as fotos no interior do museu não são permitidas.

Praça Minas Gerais

Em seguida, fomos conhecer a Praça Minas Gerais, a Praça das Duas Igrejas, que é o cartão postal da cidade e um dos mais belos exemplos do urbanismo barroco no Brasil.

Mariana - Praça Minas Gerais

Por estar em um plano mais alto, as torres dos campanários de suas duas igrejas, São Francisco e Nossa Senhora do Carmo, construídas praticamente juntas na segunda metade do Século XVIII, podem ser vistas de qualquer ponto do centro histórico.

Igreja de São Francisco de Assis

A Igreja de São Francisco de Assis, construída entre 1762 e 1794 quando Mariana estava em seu auge, tem fachada em estilo rococó, acabamentos e detalhes cobertos de ouro no seu interior, sendo considerados um marco social, religioso e artístico.

A catedral foi projetada por José Pereira dos Santos, a fachada é de autoria de José Pereira Arouca e Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho, foi responsável pelo teto da capela-mor. As pinturas, na nave e na sacristia, são de autoria de Manuel da Costa Ataíde, aqui sepultado. Atualmente, encontra-se fechada para restauração.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

A Igreja Nossa Senhora do Carmo, um dos mais belos templos do rococó mineiro, é vizinha da Igreja de São Francisco de Assis, formando o belíssimo cenário da cidade.

A sua construção se iniciou em 1783 e durou até 1814. Durante seu processo de restauração, em janeiro de 1999, ela quase foi completamente destruída, onde somente o altar-mor foi preservado. O teto pintado por Francisco Xavier Carneiro desabou. A fachada, o telhado e as paredes internas foram recuperados.

Casa de Câmara e Cadeia

A Casa de Câmara e Cadeia é um dos mais imponentes sobrados da arquitetura colonial de Minas Gerais. Foi projetada em 1768 e ficou pronta em 1795. Além de funções administrativas e legislativas, o local funcionou também como casa de fundição de ouro e senzala. Hoje, é a sede da Câmara Municipal de Mariana. Preserva o mobiliário e a arquitetura da época da construção, entre os Séculos XVIII e XIX.

Pelourinho

O pelourinho original de Mariana foi executado por José Moreira Matos em 1750 e demolido em 1871. Era uma coluna de pedra usada para punir principalmente escravos durante o Brasil Colonial.

Mariana - Pelourinho

O monumento atual, que resgata uma lembrança do período sombrio em que o trabalho escravo era comum, foi construído na década de 1970 e tem no alto um globo simbolizando as conquistas marítimas portuguesas. O braço esquerdo sustenta uma balança representando a justiça e o direito, segura uma espada, representando a condenação.

Igreja de São Pedro dos Clérigos

Terminamos o passeio na Basílica de São Pedro dos Clérigos, do século XVIII, que foge ao padrão da arquitetura colonial brasileira seguindo as linhas com influência italiana. Do alto, tem-se uma bela vista de Mariana. A maioria das obras são influenciadas por Aleijadinho.

Mariana - Basílica de São Pedro dos Clérigos

A decoração interior é muito simples, mas o altar-mor é muito bonito. Em seu trono está a imagem de Nossa Senhora dos Anjos e, nos nichos laterais, São Francisco e São Domingo, todos do Século XVIII. Destacam-se na sacristia um quadro a óleo com a representação de Nossa Senhora e uma representação de São Francisco meditando.

Além do valor histórico, a igreja ainda guarda curiosidades e lendas que povoam o imaginário.A construção da igreja se iniciou em 1752 e ficou mais de 180 anos abandonada. As torres desabaram 3 vezes e os moradores da cidade acreditavam que os escravos, ao subirem as escadas para a construção das torres, viam a cidade de Mariana tomada por um “rio de sangue” e, por desespero, conta a lenda que eles se atiravam lá de cima.Até hoje permanece inacabada e o retábulo principal preserva 70% da sua originalidade. A decoração da nave principal é toda representada por quadros de passagens bíblicas da vida de São Pedro, pois as imagens e esculturas para o término da obra nunca foram adquiridas.

Na igreja está o maior santo oco do Brasil: uma estátua de São Pedro com 2,13 metros, contendo uma enorme abertura na parte posterior da imagem onde eram escondidos livros provenientes de Portugal, de origem francesa, em sua maioria falando sobre o iluminismo que forneciam conteúdo para o ideário que alimentou a Inconfidência Mineira.

Mariana - Basílica de São Pedro dos Clérigos

Em 1984, a Fundação Roberto Marinho restaurou a Igreja para que ela servisse de cenário para a minissérie Madona de Cedro.

Mas a curiosidade que mais intriga é um túnel subterrâneo existente no altar da igreja com quatro quilômetros de extensão, ligado à Mina de Passagem, construído como uma rota de fuga, em caso de invasões francesas ou holandesas, que nunca ocorreram.

Mina da Passagem

A mina, considerada a maior mina de ouro aberta à visitação do mundo, fica localizada em Passagem de Mariana, distrito de Mariana, a 7 km da Praça Tiradentes em Ouro Preto.

A descida através dos trilhos por um carrinho, levam às galerias subterrâneas que chegam a 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade, onde se vê um maravilhoso lago natural.

Desde a sua fundação no início do século XVIII, foram retiradas aproximadamente 35 toneladas de ouro. Hoje, o local vive apenas para o turismo, que inclui, além de visitas a pé, mergulhos no lago dentro dos túneis e cavernas.

 

Faltou alguma coisa em nosso roteiro? Deixe um comentário, ou nos envie um e-mail, contando como foi sua experiência de Ser Turista em Mariana.

 

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2 Comentários

  1. Perfeito….melhor é saber que isso tudo está no Brasil hehe Parabéns belissimas fotos 😉

    • Lúcio Costa Júnior Responder

      Bom dia, Laryssa! Obrigado por acompanhar nossas viagens! O nosso Brasil é riquíssimo! Tem lugares, atrações, atividades e belezas naturais para todos os gostos. E Mariana é uma cidade linda, cheia de história. Foi a realização de um sonho antigo e que nos encantou muito.

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