Riga é conhecida como a “Paris do Oriente”, por seus cafés aconchegantes próximos às margens do rio Daugava e sua riqueza histórica, arquitetônica e cultural.
Praticamente um terço dos imóveis do centro histórico foram projetados no estilo Art Nouveau, sendo o maior conjunto arquitetônico do mundo.
COMO CHEGAMOS
A maneira mais prática de se deslocar entre as capitais dos países bálticos é utilizando os ônibus da companhia Lux Express, que fez o trajeto entre Vilnius e Riga em 4 horas e nos custou apenas 5 euros o bilhete, aqui.
Os ônibus são extremamente confortáveis, com entretenimento media center iguais os de avião e acesso à internet, Wi-Fi, máquina de café e água e toalete, inclusos na tarifa.
RIGA PASS
Como gostamos de conhecer o maior número possível de museus e atrações nas cidades que visitamos, sempre fazemos uso dos cartões turísticos. Em Riga, utilizamos o Riga Pass, que inclui transporte público ilimitado, passeios turísticos gratuitos (ou com desconto), entrada gratuita em museus (ou valores reduzidos), e descontos em restaurantes.
O HOTEL
Nossa hospedagem em Riga foi no Gallery Park Hotel & SPA, o luxuoso hotel 5 estrelas que lembra um castelo francês, e que está instalado em um edifício do Século XIX no centro histórico da cidade, a uma curta caminhada de todos os principais pontos turísticos.
Você pode ver o post de como foi nossa hospedagem no Gallery Park Hotel, aqui.
O QUE COMEMOS
Jantamos no interessantíssimo Garlic Pub, um restaurante onde todos os pratos têm um toque de alho.
Pedimos de entrada um mix de queijos, frios e pães de alho. Como prato principal, um strogonoff com purê de baroa e alho assado, e um peito de frango com aligot com molho de alho e cogumelos. Delicioso!
O ROTEIRO
DIA 1
Começamos o dia na Praça da Câmara Municipal, onde vimos a Estátua de Roland, sobrinho de Carlos Magno e um líder militar franco, que morreu na Batalha de Roncevaux em 778. Roland, vestindo uma armadura e segurando um escudo com o brasão de armas de Riga, é um sinal da liberdade burguesa e uma expressão da prosperidade econômica da cidade.
Essa é uma réplica da escultura original de 1896, do escultor A Volz, colocada em um pedestal em maio de 2000, durante a celebração da restauração da Casa dos Blackheads. A obra original, com 3,30m de altura, se encontra na Igreja de São Pedro.
Bem em frente, está a belíssima Casa dos Blackheads, Melngalvju Nams, sede da irmandade germânica e cartão postal de Riga. A construção original é de 1344, mas na década de 40 a casa foi destruída completamente na 2º Guerra Mundial. Felizmente o projeto sobreviveu e uma réplica exata da casa foi construída para celebrar os 800 anos de Riga, comemorados em 2001.
Ali, na praça, também está o monumento Primeira Árvore de Natal Decorada que registra o primeiro uso documentado de uma árvore nas celebrações de Natal e Ano Novo, no ano de 1510, onde homens da guilda dos mercadores locais decoravam uma árvore com rosas artificiais, dançavam ao seu redor no mercado e depois ateavam fogo nela. A rosa foi usada por muitos anos e é considerada um símbolo da Virgem Maria.
Do outro lado da praça, de frente para a Casa dos Blackhead, está a Câmara Municipal de Riga, Rigas Dome, destruída na Segunda Guerra Mundial e reconstruída em 2003. Os chefes de Riga ou os representantes dos habitantes da cidade foram mencionados em documentos já em 1210.
Visitamos a Catedral de Riga, Rigas Doms, construída em 1211, considerada a maior igreja da era medieval dos Países do Báltico, com inúmeras modificações ao longo dos seus 800 anos. Possui um Órgão com 6718 tubos, considerado o 3° Órgão Tubular do mundo, com 4 teclados manuais e um de pedais. Os claustros guardam artefatos como canhões que datam do século XVI, esculturas e portões antigos.
Finalizamos o dia vendo Os Três irmãos, Tris Brali, um conjunto de 3 casas que forma o mais antigo complexo de casas de Riga, construídas entre o Século XV, a da direita e XVII, a da esquerda.
DIA 2
Começamos o dia na Igreja de São Pedro, Sv Petera Baznica, construída em 1209 como uma igreja para o povo. Ao logo de 800 anos, sofreu inúmeras transformações que lhe garantiram elementos góticos, romanescos e barrocos. A atual torre foi concluída em 1746. Engenheiros soviéticos restauraram a igreja na década de 1970, e instalaram um elevador que dá acesso ao mirante de onde se vê a cidade de Riga de uma altura de cerca de 70 metros.
Na praça que circunda a igreja, a escultura Os Músicos de Bremen, Bremenes Muzikanti, de 1990. É uma alusão ao conto de fadas dos irmãos Grimm, onde quatro animais idosos – o burro, o cachorro, o gato e o galo – enfrentam um futuro cruel, escapam e partem para se tornar músicos em Bremen. No caminho, eles olham pela janela iluminada de uma casa e veem um bando de ladrões curtindo uma festa. Os animais assustam os ladrões e tomam conta da casa.
A escultura representa a liberdade e tem uma mensagem política: esses animais não olham para a festa dos ladrões, mas para a Cortina de Ferro, representando o fim da União Soviética.
Seguimos para ver o Museu da Ocupação da Letônia, Latvijas Okupacijas Muzejs, que retrata os 51 anos de ocupação soviética, mas estava fechado para reforma. Do outro lado do museu, vimos então a Piemineklis Latviesu Strelniekiem, uma estátua com 13 metros de altura que homenageia a infantaria letã de 1915 a 1920.
Apreciamos o jardim em frente ao Rigas Pils, o Castelo de Riga, fundado em 1330, mas por ter sido reformado inúmeras vezes, não guarda nenhuma característica da sua origem medieval. Como é a residência oficial do Poder Executivo desde 1922, não é permitido visitação e o melhor ponto para se observar é da ponte, em frente.
Seguimos para a Torre de Pólvora, Pulvertornis, construída em 1650 com paredes de 2,5 metros de espessura como parte do sistema defensivo da cidade, onde hoje funciona o Museu da Guerra. Apreciamos os brasões das cidades letãs na fachada do Quartel de Jacob, Jekaba Kazarmas, umasequência de casas que abrigaram militares desde o Século XVIII onde funcionam lojas e restaurantes.
Fomos ver a Casa do Gato, Kaku Nams, construída em 1909, em estilo Art Noveau, famosa pelos 2 gatos pretos eriçados no topo das suas torres. Segundo a lenda, o proprietário fez como protesto por não ter sido aceito em uma congregação local por ser letão.
Seguimos para o Monumento da Liberdade, Brivibas Piemineklis, com 42 metros e construído em 1935 em homenagem aos soldados mortos em ação durante a Guerra da Independência da Letônia, entre 1918 e 1920. A base de granito tem as estatuas das 4 virtudes: Trabalho, Vida Espiritual, Família e Proteção a Terra Natal. E também tem em relevo alguns heróis Letões. Está gravado a frase: Pela Terra Natal e pela Liberdade. No alto da Coluna tem uma mulher conhecida como Milda que ergue sobre a cabeça 3 estrelas douradas representando as 3 regiões da Letônia.
Perto, está o Relógio Laima, Laimas Pulkstenis, um relógio com o nome da logo da antiga e famosa fábrica de doces letã, que costumava ser um ponto de encontro marcante para pessoas apaixonadas, foi usado como um posto de informação política durante a era soviética.
Atravessamos o Bastejkalna Parks, que é cortado por um canal e apreciamos a fachada da Ópera Nacional da Letônia, Latvijas Nacionala Opera um Balets, uma construção de 1863 em estilo clássico, carinhosamente chamada de a Casa Branca Letã, onde finalizamos nosso passeio.
Faltou alguma coisa em nosso roteiro? Deixe um comentário ou nos envie um e-mail contando como foi sua experiência de Ser Turista em Riga.
O Gallery Park Hotel & SPA foi nosso parceiro em Riga e todas as informações do post refletem nossas sinceras e reais experiências e impressões.
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Você não paga nada a mais por isso e ainda ajuda a manter o Ser Turista no ar!
16 Comentários
Riga foi uma visita incrível!
A cidade tem todo um charme especial!
A acomodação de primeira também fez toda a diferença no passeio!
<3
Tem mesmo um charme todo especial, Alisson. Adorei conhecer a cidade. Um bom hotel é garantia de sucesso na viagem.
Super beijo.
To encantada com essa cidade! Realmente parece Paris! E que hotel MARAVILHOSO!
Parabéns pelo Post e pela viagem! Amei!
Eu também fiquei encantado com Riga, Caroline. É um destino pouco procurado pelos brasileiros e recomendo muito. O hotel é mesmo maravilhoso. Amei a hospedagem com tanto requinte!
Super beijo.
Sensacional esse post! Estou fascinada por Riga, linda, linda! As fotos ficaram muito boas!!! Edificações e monumentos belíssimos, ricos em histórias e curiosidades! Adorei a dica do ônibus, puro luxo! Obrigada por compartilhar!!!
Riga foi uma agradável surpresa, Deyse. Amei conhecer essa cidade cheia de encantos.
Super beijo.
Que cidade mais linda! Perfeita para viagem a dois ou lua de mel né? Vou indicar para uma amiga que tá em busca de um destino menos clichê. 🙂
Realmente, é super romântica, Mariângela. Certeza de que sua amiga irá adorar.
Super beijo.
Sou literalmente APAIXONADA nas suas viagens! Obrigada por mostrar tanto lugar fantastico!!!
Muito obrigado pelo carinho, Camila, acompanhando minhas viagens. Viajar é a coisa que mais gosto de fazer no mundo!
Super beijo.
Nunca tinha ouvido falar dessa cidade, mas adorei a relação com Paris! Suas fotos me fizeram viajar pra lá =)
Eu também adoro viajar pelas fotos, Maiara. Riga é uma cidade linda e, realmente, seu estilo Art Nouveau lembra muito Paris.
Super beijo.
Admito que nunca tinha ouvido falar em Riga! Mas ja adorei! Só de ser a Paris do oriente, muito me agrada! rs Além disso, já deu pra ver q tem todo o seu charme!
Riga é uma cidade linda, Marcela. Recomendo muito uma viagem pelos bálticos.
Super beijo.
Estava pesquisando por lugares pouco conhecido e achei esse seu post e adorei Riga. Vou adicionar na minha lista pra conhecer.
Certeza de que você vai adorar Riga, Silvana. Fico feliz em ter contribuído na sua pesquisa.
Super beijo.