Helsinki: a apaixonante capital finlandesa

Helsinki, a capital da Finlândia, é compacta e facilmente explorada a pé e considerada a melhor cidade para se morar do mundo, com belas ilhas e grandes parques verdes.

HELSINKI

Foi fundada em 1550, pelo rei sueco Gustav Vasa, e a cidade se tornou a principal concorrente comercial de Tallinn, capital da Estônia. Tornou-se a capital somente em 1809, quando os russos assumiram o controle da Finlândia e queriam que a capital do país ficasse mais próxima de São Petersburgo para terem um maior controle. Logo após a independência do país, em 1917, Helsinki foi escolhida para ser a sede do governo finlandês.

A cidade sofreu pesados bombardeios russos durante a 2ª Guerra Mundial e teve muitas partes destruídas, sendo totalmente reconstruída posteriormente.

COMO CHEGAMOS

Chegamos em Helsinki com o ferry da Tallink Silja Line que partiu de Tallin nos deixou em Helsinki no West Harbour, terminal 2, e a passagem custou 23 euros. A viagem foi tranquila e durou cerca de 2hs. Não passamos por imigração, alfândega ou qualquer outro procedimento burocrático.

O ferry é enorme, com lanchonetes, bares, restaurantes, lojas, supermercado, playground e máquinas de caça níquel. Como não há poltronas para o viajante comum,  é necessário se acomodar em alguma mesa nos espaços gastronômicos ou aproveitar o deck.

HELSINKI CARD

Como gostamos de visitar o máximo de atrações e museus possíveis nos destinos, sempre buscamos fazer uso dos cartões turísticos que nos proporcionam comodidade sem perder tempo nas filas e uma grande economia de dinheiro com os ingressos.

O Helsinki Card é o passe turístico de Helsinki que oferece entrada gratuita em mais de 20 das atrações mais populares da cidade. Também inclui descontos para várias outras atrações e restaurantes, além de transporte público ilimitado, passeio turístico de ônibus gratuito, passeio de ônibus Hop of Hop off (sazonal) e um guia gratuito para a cidade.

Você pode ver uma lista completa das atrações e descontos incluídos, além de comprar o seu Helsinki Card no site oficial, aqui.

O HOTEL

Em Helsinki, ficamos hospedados em uma prisão! O fantástico Hotel Katajanokka nos proporcionou essa diferente, e inesquecível, experiência.

Uma intensa reforma transformou internamente o angustiante presídio em um luxuoso hotel que manteve originais as paredes altas, sua fachada de tijolos vermelhos, pátios e o muro de grande perímetro ao redor do parque tombados como Patrimônio Histórico, perto de alguns dos principais pontos turísticos de Helsinki, incluindo a Catedral Uspenski, de cúpula dourada, o mercado ao ar livre de Kauppatori, o Palácio Presidencial.

Você pode ver o post de como foi nossa hospedagem no Hotel Katajanokka, aqui.

O QUE COMEMOS

Jantamos no Restaurante Linnankellari, cujo nome significa “adega do castelo” em finlandês, está localizada no subsolo do Hotel Katajanokka. Hoje em dia, o que antes era um refeitório de prisão onde alguns dos criminosos mais famosos da Finlândia já fizeram suas refeições, serve como um popular terraço de verão, com o que tem de melhor na gastronomia.

Você pode conferir como foi nossa experiência no Restaurante Linnankellari, aqui.

O ROTEIRO

DIA 1

Começamos nosso passeio na Fortaleza de Suomenlinna que foi construída em 1747 para proteger as províncias suecas na Finlândia dos avanços dos povos russos: 6 ilhotas formavam um sistema defensivo articulado, envolvidas por uma cintura de proteção de muralhas de granito com 7,5 Km, com torres de vigia, onde ficavam soldados suecos. Em 1802, as tropas do czar cercaram a fortaleza, forçando os suecos a renunciar à posse de Sveaborg e da Finlândia, até a Revolução de Outubro de 1917, na Rússia. A fortaleza foi então rebatizada como Suomenlinna e aberta à visitação.

Para chegarmos à Suomenlinna, pegamos o barco da Helsinki Region Transport Authority, na Praça do Mercado e a viagem demorou 20 minutos. Compramos os bilhetes nas máquinas no próprio porto, não sendo possível comprá-los dentro do barco (os tickets de transporte de 24 horas da Helsinki Region Transport Authority são válidos).

Desembarcamos no píer principal e, no centro de informações turísticas, pegamos o mapa gratuito com as rotas sugeridas. Fizemos a rota rota azul, que percorre toda a ilha num passeio de 3 horas. Finalizado o passeio, voltamos de barco para a Praça do Mercado.

Na Praça do Mercado, Kauppatori, o antigo mercado de peixes de Helsinki que fica no porto, estão diversas barracas de alimentação, souvenires, artesanatos e até produtos com peles de animais. É um ótimo lugar para experimentar comida típica finlandesa e frutos do mar.

Na praça, vimos diversos prédios históricos, entre eles a Prefeitura e o Obelisco que tem uma águia de duas cabeças no topo, o símbolo da nação.

Vimos, ainda, o monumento Havis Amanda, a estátua de uma mulher nua com 5 metros, construída em 1905 pelo artista francês Ville Vallgren, símbolo da libertação e do renascimento da Finlândia, e a fonte aos seus pés que simboliza a saída da sereia do mar, cercada por quatro leões-marinhos.

Ao lado da Praça do Mercado, vimos o Palácio Presidencial, o Presidentinlinna, uma das residências oficiais do Presidente da República da Finlândia e que já serviu como uma das moradias da família imperial russa. Durante a Primeira Guerra Mundial, o palácio foi usado como hospital e em 1919 foi convertido em sede do governo, sendo utilizado como residência oficial pelos presidentes finlandeses até 1993. Infelizmente, o Palácio Presidencial não está sempre aberto para a visitação pública.

Seguimos para a Praça do Senado, Senaatintori, para ver as 3 famosas construções neoclássicas: a Universidade de Helsinki, a Biblioteca Nacional e a famosa Catedral de Helsinki.

A Catedral de Helsinki foi construída em estilo neoclássico, no alto de uma escadaria, toda branca e com cúpulas verdes, entre 1830 e 1852. Subimos na torre para ter uma vista de toda a praça e, no subsolo, existe uma cripta utilizada para exposições e concertos de música clássica.

Fomos conhecer a Catedral Ortodoxa de Uspenski que foi construída originalmente no alto de uma pequena colina de frente para o mar, em estilo bizantino com tijolinhos vermelhos e cúpulas douradas, como uma igreja ortodoxa russa em 1868, e hoje serve a congregação ortodoxa finlandesa. De lá se tem uma linda vista da cidade e da Catedral de Helsinki. Existem ícones religiosos valiosos em seu interior.

A próxima parada foi a Capela do Silêncio, Kamppi Chapel, na praça finlandesa Narinkka. Essa pequena capela luterana de arquitetura diferente oferece um lugar de paz e tranquilidade em meio ao movimentado centro de Helsinki, onde as pessoa podem se isolar de tudo ao redor e entrar em sintonia com sua própria quietude!

Seguimos para o Amos Rex – Museum,  um museu de arte dedicado a Amos Anderson, dono de um jornal de língua sueca e patrono das artes, inaugurado em 2018 e que rapidamente alcançou a popularidade internacional, reunindo mais de 10.000 visitantes em poucas semanas, onde vimos a Exposição Magritte e os trabalhos do Studio Drift.

DIA 2

Começamos o dia visitando a Igreja Temppeliauko é uma igreja luterana que foi construída escavada em uma grande rocha, com teto de madeira e várias aberturas para a entrada da luz natural. É uma das atrações mais procuradas da cidade, recebendo cerca de 500 mil visitantes por ano.

Fomos conhecer o Parque Sibelius e vimos o Monumento Sibelius, em homenagem ao músico Jean Sibelius, composto de 600 tubos de aço prateados que formam ondas musicais quando tocados, lembrando os tubos de um órgão de igreja. A região é bem agradável e muito usada pelos finlandeses para a prática de atividades ao ar livre.

Continuamos até a Estação Ferroviária de Helsinki, Helsingin päärautatieasema, para observar sua estrutura e é repleta de restaurantes, lanchonetes e pubs.

Fomos conhecer o Teatro Nacional Finlandês, o Suomen Kansallisteatteri, o mais antigo espaço de apresentação da língua e cultura finlandesa. Em estilo moderno, o prédio é inspirado pelo nacionalismo romântico, estilo arquitetônico bastante popular na cidade. No interior há ornamentos, janelas em arcos, colunas e torres. Em frente ao teatro está a estátua de Aleksis Kivi, um famoso escritor finlandês do século XIX e conhecido por ser o autor da primeira grande obra em finlandês, veljestä Seitsemän.

Em seguida, visitamos o Museu de Arte Ateneum, o Konstmuseet Ateneum, o museu de arte mais famoso da Finlândia. Esse é o melhor lugar para entrar em contato com a arte finlandesa e seu acervo conta com obras do Século XIX até os dias de hoje. Vimos a exposição “Stories of Finnish Art”, em cartaz até 2020 que conta a história da arte do país desde 1809 até a década de 1960.

Apreciamos a fachada da Igreja St. John, Johanneksenkirkko, uma igreja luterana projetada pelo arquiteto sueco Adolf Melander no estilo gótico do avivamento, sendo a maior igreja de pedra da Finlândia acomodando 2600 pessoas.

Em frente, estava o Museu do Design de Helsinki, dedicado à exposição de design finlandês e estrangeiro, incluindo design industrial, de moda e design gráfico. O design faz parte da história da Finlândia, por isso tão importante visitar museus como esse para entender um pouco da cultura local, que é incrível.

Finalizamos o dia no Old Market Hall, funcionando desde 1888, absolutamente turístico e repleto de estandes de frutos do mar, cafés e até uma sorveteria.

Faltou alguma coisa em nosso roteiro? Deixe um comentário ou nos envie um e-mail contando como foi sua experiência de Ser Turista em Helsinki.

O Hotel Katajanokka, o Restaurante Linnankellari e a Stromma/Helsinki Card foram nossos parceiros em Helsinki e todas as informações do post refletem nossas sinceras e reais experiências e impressões.

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