Roteiro de 3 dias em Copenhagen, a capital da Dinamarca e do design escandinavo, e também onde se originaram alguns dos mais famosos contos de fada, como A Pequena Sereia.

Copenhagen

Em dinamarquês, o significado de seu nome, København, remete a um vilarejo de pescadores que usavam o porto (“Havn”) para comercialização (“Køb”, compra) de mercadorias.

COMO CHEGAMOS

Chegamos na cidade pelo Aeroporto de Kastrup (CPH) que possui três terminais, sendo o de número 3 o do desembarque. Do aeroporto, você terá algumas opções para chegar até o centro da cidade:

Metrô: a forma mais fácil. O trajeto leva de 15 à 20 minutos e as duas estações mais centrais são Nørreport(800m) e Kongens Nytorv (500m).

A linha de metrô tem como ponto final a parada dentro do aeroporto que pode ser facilmente encontrada próxima da área do desembarque.

Trem: até a estação central de Copenhague, Tivoli e arredores. A estação de trem também se encontra dentro do terminal 3. Os trens em direção a estação central, Nørreport, Østerport, Fyn e Jylland param na plataforma 2. Essa foi a nossa escolha em razão do nosso hotel ser em frente à estação Østerport.

COPENHAGEN CARD

O Copenhagen Card é uma maneira prática e econômica de se conhecer Copenhagen e suas principais atrações sem perda de tempo e com economia.

O cartão permite explorar a cidade de forma prática e econômica. Ele dá direito ao transporte público ilimitado e acesso gratuito a 87 museus e atrações, cruzeiro gratuito pelos canais, passeios a pé gratuitos, descontos em passeios turísticos, e ofertas especiais em restaurantes, lojas, locais de entretenimento e lazer, sem contar que não se perde o precioso tempo de viagem nas filas das bilheterias.

Copenhagen Card

Como nós gostamos de visitar os museus e monumentos e utilizamos bastante o transporte público local, os cartões turísticos sempre nos proporcionam uma grande economia de dinheiro e de tempo.

Todos os nossos passeios e atrações foram visitados com o Copenhagen Card que compramos diretamente no aeroporto, ou pode ser adquirido online, aqui.

O HOTEL

Em Copenhagen, ficamos hospedados no Hotel Østerport, localizado no centro da cidade, a poucos minutos de caminhada das principais atrações e a 25 minutos de trem do aeroporto. E o hotel ainda disponibiliza um smartphone com dados e ligações locais e internacionais para os hóspedes durante a estadia.

Você pode ver o post de como foi nossa hospedagem no Hotel Østerport, aqui.

O ROTEIRO

DIA 1

Como chegamos em Copenhagen já no fim da tarde, tomamos um banho no hotel e fomos jantar. Mas como não dá para resistir, e o sol estava se pondo por volta de 21 horas, demos umas voltas pela cidade nas proximidades do hotel.

Começamos conhecendo o Nyhavn, o cartão postal da cidade e um dos pontos mais sofisticados de Copenhagen, que já foi porto movimentado escavado por soldados suecos a partir de 1670, com o propósito de permitir o acesso dos barcos mercantes à praça Kongens Nytorv.

As fachadas coloridas dos edifícios recentemente restaurados fazem desta área histórica um dos lugares mais alegres da cidade. Muitos dos barcos estacionados às margens do canal nem navegam mais e abrigam restaurantes, museus e até teatros.

Seguimos para a  Kongens Nytorv, ou Nova Praça do Rei, que é a principal praça da cidade, construída a mando do rei Cristiano V como uma conexão para o exterior da cidade fortificada, mas que está toda em reforma, mas pudemos visitar o Teatro Real Dinamarquês.

Teatro Real Dinamarquês

Ainda na praça, está o gigante Magasin du Nord, onde se encontra produtos de alguns dos melhores designers da Dinamarca, Escandinávia e do mundo, onde apreciamos a vista da cidade na praça de alimentação no último piso, que ainda conta com um supermercado.

Experimentamos no Hallernes famoso Smørrebrød, um dos pratos mais conhecidos do país, um sanduíche aberto com pão feito de centeio e outros grãos, com uma aparência escura e, por cima, vai uma generosa camada de manteiga e o recheio. há uma grande variedade de opções: carne de porco, almôndega, salmão, camarão, batatas, patê de fígado de porco, ovos e outros.

Hallernes Smørrebrød

DIA 2

Começamos o dia na Rådhuspladsen, a Prefeitura de Copenhagen, construída entre os anos de 1892 e 1905 e que é um dos prédios mais altos da cidade, e é possível subir em sua torre com 107 metros de altura e ter uma bela vista do centro da cidade.

Em uma das salas da prefeitura fica o Relógio Mundial de Jens Olsen, tido como um dos mais precisos do mundo, marcando as horas e a posição dos planetas, com um mecanismo extremamente complexo onde uma de suas engrenagens demora 25.753 anos para dar uma volta completa, praticamente não saindo do lugar desde a a sua criação.

Em seguida, fizemos um incrível e inesquecível passeio com a Segway Cruise Copenhagen, onde tivemos uma visão geral da cidade. Você poderá ver como foi toda a aventura, aqui.

Depois do passeio, seguimos pela orla Larsen Plads e vimos a escultura “The Little Mermaid”, dedicada a Hans Christian Andersen, o escritor dinamarquês que escreveu o famoso conto da pequena sereia. Embora a escultura, construída em 1913, seja inspirada na bailarina Ellen Price, que interpretou a sereia em uma representação da história, foi a mulher do escultor quem posou de modelo.

Descobrimos a interessantíssima história da obra “I am Queen Mary” que homenageia Mary Thomas, uma das três líderes femininas da insurreição “Fireburn” de 1878 das plantações na rua Croix nas Ilhas Virgens.

I am Queen Mary

Cruzamos a Gefion Bridge e vimos a Gefion Fountain, que apresenta um grupo em grande escala de figuras de animais sendo conduzido pela deusa nórdica Gefjon, que segundo a lenda, seriam seus filhos transformados para ararem a terra prometida pelo Rei Guyfi.

A próxima parada, foi na St. Albans Church, a gótica igreja anglicana construída entre 1885 e 1887 para a crescente congregação inglesa em Copenhagen.

Vimos a Casa de Ópera de Copenhagen, considerada a ópera mais cara já construída. Foi erguida na ilha de Holmen com um custo total de mais de 500 milhões de dólares, com 14 pisos, 5 dos quais submersos. A sala principal é considerada como detendo a melhor e mais bem estudada acústica de todo o mundo. Logo adiante, estava a Royal Danish Playhouse, o edifício de teatro para o Royal Danish Theatre, situado em frente ao porto.

Depois, fomos para o Amalienborg, um complexo de quatro edifícios idênticos, um dos quais serve de residência para a rainha da Dinamarca, Margrethe II, durante os meses de inverno, e as residências do príncipe e princesa e dos visitantes oficiais. As quatro mansões formam um espaço octogonal, uma praça em cujo centro se encontra a Estátua Equestre do Rei Christian V, rei que fundou Amalienborg no Século XVI.

Um dos melhores horários para visita, apesar de movimentado, é as 12h, quando acontece a cerimônia da troca da guarda. Os soldados saem do Castelo de Rosenborg às 11h30, marcham pelo centro da cidade até chegar a Residência Real. A troca acontece todos os dias do ano, porém só há participação da banda musical quando a rainha encontra-se na residência.

Rosemborg Castle

Em seguida, visitamos a Marmokirken, a Igreja de Mármore, com sua cúpula de mármore Norueguês. O templo começou a ser construído em 1749 pelo rei Frederik V – motivo pelo qual também é conhecido como Frederiks Kirken -, porém a obra foi interrompida e, por falta de verbas, demorou 150 anos para ser finalizada.

A próxima atração do dia seria o Tivoli Gardens, de 1843, que é o segundo parque mais antigo do mundo e que une modernidade com a tradição, numa combinação de parque de diversão e amplos jardins. Para cada estação do ano, há uma decoração e calendário de eventos específicos. Infelizmente, quando estivemos na cidade, o parque estava sendo decorado para a Páscoa e não pudemos visitar.

Tivoli gardens
Tivoli Gardens: foto divulgação

Em frente, estava a NY Carlsberg Glyptotek, uma estrutura imponente, construída para expor a enorme coleção de arte de Carl Jacobsen e de sua esposa, Ottilia. Diferente de outros museus de arte, a principal atração aqui são esculturas. Aliás, a palavra gliptoteca significa museu de esculturas. Vimos o maravilhoso jardim de inverno com suas fontes, as salas do Mediterrâneo Antigo (6.000 a.C. a 400 d.C.), Arte Egípcia, Esculturas Gregas, Romanas, Francesas e Dinamarquesas, Pinturas Francesas e Dinamarquesas, além de exposições temporárias. Definitivamente, esse museu entrou para o meu Top 5! Imperdível!

Fomos jantar no GRØD, o primeiro bar de mingau do mundo que abriu em 2011, em Jægersborggade, no coração de Nørrebro, Copenhage, redefinindo o mingau que passou a ser apresentado de forma delicada, deliciosa e versátil. São bowls, smoothies, risotos e caldos, todos preparados com produtos naturais e sazonais. Nossas escolhas foram o “Mushroom Barley-otto”, um risoto feito com grãos de cevada e cogumelos e o “Beetroot risotto”, um risotto de cenoura e beterraba, acompanhados de limonadas de gengibre e ruibarbo. Espetaculares!

No caminho de volta para o hotel pela Rua Landemaerket, visitamos a Rundetarn, a Torre Redonda, que é o mais antigo observatório europeu em atividade. Apesar de não ser uma torre muito alta (34m), o caminho até o topo é por uma rampa em espiral com 209m de comprimento. De lá do alto se tem uma vista incrível da cidade.

DIA 3

Começamos o dia visitando Christiania, uma pequena comunidade hippie que foi crescendo e criando suas próprias leis e regimentos, que incluíam construir uma sociedade sustentável fora dos padrões capitalistas. Em 1971, próximo ao centro de Copenhagen, no bairro de Christianshavn, um grupo de pessoas se instalou em uma antiga área militar para protestar contra a política pós-segunda guerra mundial. Hoje, muitos curiosos visitam o bairro a fim de testemunhar como é essa relação da Dinamarca, um país organizado e desenvolvido, com uma comunidade alternativa. Para privacidade dos moradores, é proibido tirar fotos ao adentrar Christiania.

Aos turistas, não faltam atrativos: além de muitas cores e uma comunidade hippie de verdade, há cafés, bares, restaurantes, shows, feira de artesanato… Ah, e o comércio e o consumo de maconha são permitidos por lá. Eram inúmeras bancas vendendo os mais diversos tipos de maconha in natura.

Christiania

Seguimos para uma das atrações que mais estávamos interessados em conhecer: a Vor Frelsers Kirke, a Igreja do nosso Salvador, uma igreja de 1680 com uma das torres mais bonitas de Copenhagen. Uma escadaria em espiral que nos levou à torre tem 400 degraus, sendo que 150 deles são externos e proporcionam uma visão incrível da cidade.

Fomos conhecer o Christiansborg Palace, a sede do Parlamento e da Suprema Corte Dinamarquesa, com os escritórios do Primeiro-Ministro e os Apartamentos Reais.

Originalmente foi construído para acomodar a família real e o parlamento, em 1740. No entanto, ao longo dos anos, grandes incêndios devastaram a estrutura do edifício, que passou por três grandes restaurações. Hoje, 179 membros do Parlamento trabalham no edifício, incluindo um representante da Groenlândia e Ilhas Faroe.

É um prédio muito bonito e tem várias partes para serem conhecidas: a sala de recepção real, teatro, salão de festas, ruínas, igreja e o estábulo com os cavalos da rainha. Um dos destaques da visita são as 11 tapeçarias da rainha, um presente concedido por empresários dinamarqueses à monarca em seu 50º aniversário.

Terminado o passeio, fomos conhecer a Marmobroen, a Ponte de Mármore, uma das principais pontes que liga a pequena ilha de Slotsholmen, onde fica o Parlamento, com o restante da cidade.

marmobroen

Próximo ao Palácio, visitamos o Museu Nacional instalado onde já foi o palácio dos príncipes Frederik V e Louise, construído por Nicolai Eigtved em 1743. As mais de 9000 obras de seu acervo são provenientes em boa parte das coleções dos reis da Dinamarca. Conta também com peças provenientes do Egito, Grécia, Roma, Idade Média e Oriente Médio, uma incrível coleção arqueológica da Era Viking, tesouros nacionais, exposições temporárias, um centro de pesquisa da Groenlândia, um café, um restaurante e uma lojinha/livraria.

A próxima atração foi o Rosenborg Slot, uma obra de 1600, iniciado pelo rei Christian IV, um dos mais importantes reis da história da Dinamarca. Em 1838, o castelo virou um museu e exibe as jóias da coroa, uma coleção de tapeçaria e mobílias da época que foram adquiridas de diversas partes do mundo. Uma das peças mais importantes do museu é a coroa de Christian IV, feita com 970 pedras preciosas.

Finalizamos os passeios no Kastellet, uma fortificação pentagonal, construída pelo Rei Christian IV no Século XVII, para aumentar a proteção na parte norte da cidade. Hoje, é um parque que ainda preserva uma zona militar pertencente ao Ministério da Defesa Dinamarquês e vimos um lindo moinho de vento de madeira.

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O Hotel Østerport, a Segway Cruise Copenhagen e o Restaurante GRØD foram nossos parceiros em Copenhagen e todas as informações do post refletem nossas sinceras e reais experiências e impressões.

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