Autor

Lúcio Costa Júnior

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Chiang Rai

Fizemos um bate-volta a partir de Chiang Mai para conhecer o famoso White Temple. Fechamos o tradicional pacote com a nossa guia para nos levar até Chiang Rai e ver o White Temple. Inclusos no pacote estavam as visitas ao Hot Spring, Golden Triangle e visita à tribo Karen, das Mulheres-Girafa.

O Templo Branco é sensacional e vale demais a visita. Já o Hot Spring, Golden Triangle e a visita à tribo Karen foi a maior experiência “pega-turista” que passamos! Fuja dela!

Chiang Rai está a 150 Km de distância de Chiang Mai, numa região conhecida como Triângulo Dourado: a tripla fronteira onde Myanmar, Laos e Tailândia se encontram no Rio Mekong. Região famosa pelo comércio do ópio que produz a heroína. As antigas plantações da papoula foram substituídas por café, ervas medicinais e frutas.

Mae Kajan Hot Spring

No caminho para o Templo Branco, paramos no Mae Kajan Hot Spring para conhecermos e esticarmos as pernas. Lá, um geiser, que mais parece um chafariz de uma fonte, jorra água a 40ºC e uma espécie de córrego onde as pessoas mergulham os pés para relaxarem. Em volta, milhares de lojinhas e vendedores ambulantes. Não sei se há alguma outra coisa para se ver entre Chiang Mai e Chiang Rai. O Hot Spring só vale mesmo para comprar algum lanche e esticar as pernas. Fora isso, é completamente engana-turista.

O geiser “chafariz” em Mae kajan Hot Spring

Por trás das lojas, e sem interesse nenhum nelas, avistamos um templo e demos a volta para ver. Não havia ninguém e nenhuma placa indicativa. Nossa guia falou que o templo havia sido construído em estilo cambojano e os thailandeses o rejeitaram e ficou abandonado.

O enjeitado templo em estilo cambojano

Na nossa opinião, é uma atração que não vale a pena o tempo desperdiçado. Caso estejam fazendo um tour privativo, façam uma pesquisa prévia de outros lugares mais interessantes para investirem o seu precioso tempo.

Wat Rong Khun – White Temple

O Templo Branco é um templo budista não convencional, projetado pelo artista plástico e arquiteto thailandês Chalermchai Kositpipat, que o executa desde 1998 com seu próprio dinheiro, com previsão de conclusão no ano 2070. Havia um outro templo budista no local que foi comprado e restaurado sob suas visões do mundo e ideias.

De longe, enxergamos um lindo e enorme templo branco todo rebuscado mas de perto, percebemos os detalhes de uma verdadeira obra de arte contemporânea em forma de templo recheada de elementos curiosos.

O Templo Branco

Para entrar no templo principal, onde não é permitido fotografar, passamos por um caminho com uma curiosa ponte representa a vida, a morte e o renascimento. Embaixo dela, centenas de mãos emergem do chão em direção ao céu, simbolizando o pecado. “Somente vencido o pecado se chega ao Buda”.

A ponte, as mãos dos pecadores e a entrada do templo com os Guardiões do Paraíso

A única construção que foge ao branco absoluto é o prédio dos banheiros, que é todo dourado.

Como já falamos, o Templo Branco foi a única atração que realmente valeu a pena nesse dia inteiro de viagem a Chiang Rai. É até difícil descrever o impacto de estar nessa literal obra de arte.

Golden Triangle – “pega-turista”

Nos dirigimos até o Rio Mékong, na tripla fronteira entre a Thailandia, Myanmar e Laos, onde descemos em uma grande feira de “antiguidades”, artesanato e souvernires. Lá, pegamos um barco que atravessou o rio e nos levou para Laos. Passamos pelo controle de imigração e chegamos em uma outra feira, agora de cópias de grifes de luxo.

A feira é a única coisa que se vê em Laos e, claramente se percebe que a guia recebe uma comissão sobre a venda. Ficamos decepcionados com o passeio e perdemos preciosas 3 horas em feiras superfaturadas com os mesmos produtos do mercado central de Chiang Mai.

Golden Triangle: Thailandia, Myanmar e Laos
Karen Village – as Mulheres-Girafas

Sempre tivemos curiosidade acerca das mulheres-girafas, ou long-neck. A visita à tribo Karen é um clássico do Norte da Thailandia. A visita é impactante. Lá, descobrimos que os habitantes da tribo são refugiados de Myanmar e vivem em comunidade, confinados em um pequeno espaço delimitado de terra de onde não podem sair.

A sobrevivência delas é decorrente da exploração do turismo, com renda proveniente das vendas dos artesanatos confeccionados, como bijouterias, esculturas e teares, além, claro, dos registros fotográficos que fazemos.

A situação da vila é precária e, mesmo em condições melhores do que imagino que elas estavam em Myanmar, é triste a condição de confinamento e de se submeter a um “zoológico humano” para sobreviver.

Caso vocês visitem a tribo, não deixem de ajudar comprando os artigos e, principalmente, repassando essa informação.

Karen Village – a vila das mulheres-girafa

Como curiosidade, descobrimos lá que as mulheres utilizam as argolas no pescoço, pernas e punhos numa tradição de muitos séculos para se protegerem dos ataques dos tigres nas tribos enquanto os homens saiam para a caça.

As argolas são de bronze e começam a serem utilizadas a partir dos 05 anos de idade, num máximo de 25, chegando a pesar até 10 quilos. A impressão é que o uso das argolas faz com que se alongue o pescoço. No entanto, o alongamento não passa de uma ilusão de ótica: a clavícula e as costelas, com o peso, deslocam-se para baixo, dando a impressão de um alongamento.

 

Faltou alguma coisa em nosso passeio por Chiang Rai? Deixe seu comentário, ou nos envie um e-mail, contando como foi sua experiência de Ser Turista em Chiang Rai.

 

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