Chiang Rai
Fizemos um bate-volta a partir de Chiang Mai para conhecer o famoso White Temple. Fechamos o tradicional pacote com a nossa guia para nos levar até Chiang Rai e ver o White Temple. Inclusos no pacote estavam as visitas ao Hot Spring, Golden Triangle e visita à tribo Karen, das Mulheres-Girafa.
O Templo Branco é sensacional e vale demais a visita. Já o Hot Spring, Golden Triangle e a visita à tribo Karen foi a maior experiência “pega-turista” que passamos! Fuja dela!
Chiang Rai está a 150 Km de distância de Chiang Mai, numa região conhecida como Triângulo Dourado: a tripla fronteira onde Myanmar, Laos e Tailândia se encontram no Rio Mekong. Região famosa pelo comércio do ópio que produz a heroína. As antigas plantações da papoula foram substituídas por café, ervas medicinais e frutas.
Mae Kajan Hot Spring
No caminho para o Templo Branco, paramos no Mae Kajan Hot Spring para conhecermos e esticarmos as pernas. Lá, um geiser, que mais parece um chafariz de uma fonte, jorra água a 40ºC e uma espécie de córrego onde as pessoas mergulham os pés para relaxarem. Em volta, milhares de lojinhas e vendedores ambulantes. Não sei se há alguma outra coisa para se ver entre Chiang Mai e Chiang Rai. O Hot Spring só vale mesmo para comprar algum lanche e esticar as pernas. Fora isso, é completamente engana-turista.
Por trás das lojas, e sem interesse nenhum nelas, avistamos um templo e demos a volta para ver. Não havia ninguém e nenhuma placa indicativa. Nossa guia falou que o templo havia sido construído em estilo cambojano e os thailandeses o rejeitaram e ficou abandonado.
Na nossa opinião, é uma atração que não vale a pena o tempo desperdiçado. Caso estejam fazendo um tour privativo, façam uma pesquisa prévia de outros lugares mais interessantes para investirem o seu precioso tempo.
Wat Rong Khun – White Temple
O Templo Branco é um templo budista não convencional, projetado pelo artista plástico e arquiteto thailandês Chalermchai Kositpipat, que o executa desde 1998 com seu próprio dinheiro, com previsão de conclusão no ano 2070. Havia um outro templo budista no local que foi comprado e restaurado sob suas visões do mundo e ideias.
De longe, enxergamos um lindo e enorme templo branco todo rebuscado mas de perto, percebemos os detalhes de uma verdadeira obra de arte contemporânea em forma de templo recheada de elementos curiosos.
Para entrar no templo principal, onde não é permitido fotografar, passamos por um caminho com uma curiosa ponte representa a vida, a morte e o renascimento. Embaixo dela, centenas de mãos emergem do chão em direção ao céu, simbolizando o pecado. “Somente vencido o pecado se chega ao Buda”.
A única construção que foge ao branco absoluto é o prédio dos banheiros, que é todo dourado.
Como já falamos, o Templo Branco foi a única atração que realmente valeu a pena nesse dia inteiro de viagem a Chiang Rai. É até difícil descrever o impacto de estar nessa literal obra de arte.
Golden Triangle – “pega-turista”
Nos dirigimos até o Rio Mékong, na tripla fronteira entre a Thailandia, Myanmar e Laos, onde descemos em uma grande feira de “antiguidades”, artesanato e souvernires. Lá, pegamos um barco que atravessou o rio e nos levou para Laos. Passamos pelo controle de imigração e chegamos em uma outra feira, agora de cópias de grifes de luxo.
A feira é a única coisa que se vê em Laos e, claramente se percebe que a guia recebe uma comissão sobre a venda. Ficamos decepcionados com o passeio e perdemos preciosas 3 horas em feiras superfaturadas com os mesmos produtos do mercado central de Chiang Mai.
Karen Village – as Mulheres-Girafas
Sempre tivemos curiosidade acerca das mulheres-girafas, ou long-neck. A visita à tribo Karen é um clássico do Norte da Thailandia. A visita é impactante. Lá, descobrimos que os habitantes da tribo são refugiados de Myanmar e vivem em comunidade, confinados em um pequeno espaço delimitado de terra de onde não podem sair.
A sobrevivência delas é decorrente da exploração do turismo, com renda proveniente das vendas dos artesanatos confeccionados, como bijouterias, esculturas e teares, além, claro, dos registros fotográficos que fazemos.
A situação da vila é precária e, mesmo em condições melhores do que imagino que elas estavam em Myanmar, é triste a condição de confinamento e de se submeter a um “zoológico humano” para sobreviver.
Caso vocês visitem a tribo, não deixem de ajudar comprando os artigos e, principalmente, repassando essa informação.
Como curiosidade, descobrimos lá que as mulheres utilizam as argolas no pescoço, pernas e punhos numa tradição de muitos séculos para se protegerem dos ataques dos tigres nas tribos enquanto os homens saiam para a caça.
As argolas são de bronze e começam a serem utilizadas a partir dos 05 anos de idade, num máximo de 25, chegando a pesar até 10 quilos. A impressão é que o uso das argolas faz com que se alongue o pescoço. No entanto, o alongamento não passa de uma ilusão de ótica: a clavícula e as costelas, com o peso, deslocam-se para baixo, dando a impressão de um alongamento.
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