Fomos até o Reino do Camboja para vermos o complexo Angkor. Entre as mais de mil ruínas de templos, está o magnífico templo Angkor Wat, o maior monumento religioso do mundo.
Reino do Camboja
O atual Reino do Camboja, cuja capital é Phnom Penh, é hoje o nome do antigo reino da era Kambuja, marcado pelo Império Khmer, que por mais de 600 anos, dominou grande parte do sudeste da Ásia. Construíram templos monumentais, como Angkor Wat, que facilitou a propagação do hinduísmo e budismo pela região. Após a queda de Angkor para Ayutthaya, no século XV, o Camboja foi governado como um vassalo entre seus vizinhos, Tailândia e Vietnam, até que foi colonizado pelos franceses em meados do século XIX. A independência do país só ocorreu em 1953.
Siem Reap
Siem Reap é a cidade mais visitada do Camboja por ser a base para quem vai a Angkor. A cidade possui toda a infra-estrutura voltada para o turismo: excelentes hotéis, bares e restaurantes. Embora a moeda local seja o Riel, o Dólar Americano é aceito em todo lugar. O gasto com turismo na cidade é bem maior que na Thailandia.
Angkor
Angkor é um dos sítios arqueológicos mais importantes do Sudeste Asiático. Ocupa uma área de aproximadamente 400 km2. O Sítio Arqueológico de Angkor contém as ruínas das diferentes capitais do antigo Império Khmer, dos Séculos IX ao XV. Eles incluem o famoso Templo de Angkor Wat e, em Angkor Thom, o Templo de Bayon com suas inúmeras representações escultóricas.
Guia Alex
Contratamos os serviços do guia Alex que fala português, do Experiência Camboja, para nos acompanhar nos 2 dias que visitamos Angkor. O serviço dele foi muito profissional e eficiente. Ele nos levou e acompanhou o dia inteiro em todas as atrações com explicações e sugestão dos melhores lugares para se tirar as fotos da viagem e ainda nos buscou e deixou no aeroporto. Recomendamos bastante seus serviços.
Como chegamos
Chegamos em Siem Reap em um vôo direto, com duração de 1 hora, DMK – REP , pela Air Asia, que saiu de Bangkok, e nos custou 31.00 USD.
Visto
O visto é facilmente tirado no aeroporto, mediante o pagamento de uma taxa de 30.00 USD, com a apresentação de um passaporte com validade de pelo menos 6 meses, do certificado internacional de vacinação contra Febre Amarela e uma foto 3×4.
Também pode ser emitido antecipadamente no site do Ministério das Relações Exteriores do Reino do Camboja, como nós fizemos, para ganhar tempo na imigração.
Dia 1
Pre Rup
Pre Rup é um templo hindu, construído com tijolos no ano 961, representando os 5 picos da montanha sagrada Mont Meru, o centro do universo na mitologia hindu.
Cada um dos cinco prangs foi dedicado a uma divindade: A torre central e uma das adjacentes dedicadas a Shiva e as demais a Parvati (o consorte de Shiva), Vishnu e Lakshmi (o consorte de Vishnu).
No início do século 20, o Pre Rup estava completamente soterrado. O templo foi escavado na década de 1930 pelos conservadores franceses George Trouvé e Henri Marchal.
Banteay Samré
O templo hindu Banteay Samré foi construído no Século XII e dedicado ao Vishnu. Seu nome se refere a um grupo étnico de pessoas da montanha, que habitaram as regiões na base de Phnom Kulen, provavelmente estavam relacionados aos Khmers. Nenhuma inscrição foi encontrada neste templo, mas o estilo arquitetônico é da arte clássica semelhante ao Angkor Wat.
Banteay Srei
O templo Banteay Srei, conhecido como o templo das mulheres, é considerado a jóia da Arte Khmer. Foi construído com pedras de tonalidade avermelhada, que conferem um tom rosado, todas esculpidas e decoradas em relevo. Segundo a lenda, os relevos dos templo de tão delicados que são, só poderiam ter sido esculpidos pelas mãos de uma mulher. Ao contrário dos demais templos, ele não foi encomendado por um rei, mas sim por um nobre que o dedicou a Shiva.
Ta Prohm
O templo budista Ta Prohm, o Templo da Floresta, construído em 1186, foi dedicado a mãe do rei Jayavarman VII. Seu nome significa “O Monastério Real” e a sua complexa arquitetura é composta de vários prédios, galerias e corredores.
Após a queda do Império Khmer no século 15, o templo Ta Prohm foi abandonado e permaneceu esquecido durante séculos. Quando o esforço para conservar e restaurar os templos de Angkor começou no início do século XXI, a École française d’Extrême-Orient decidiu que Ta Prohm seria deixado em grande parte como foi encontrado, como uma “concessão ao gosto geral pela pitoresco”. De acordo com o estudioso pioneiro de Angkor, Maurice Glaize, Ta Prohm foi identificado porque era “um dos mais imponentes templos e aquele que melhor se fundiu com a selva, mas ainda não se tornou parte dela”. Em razão dessa beleza excêntrica, os exploradores decidiram mantê-lo como foi encontrado.
É uma das construções mais bonitas e interessantes de Angkor em meio à selva cambojana. É impressionante ver como as raízes das árvores ao longo de mais de 5 séculos se entrelaçaram e se integraram às ruínas. Serviu de locação para o filme “Tomb Raider”, estrelado pela atriz Angelina Jolie.
Banteay Kdei
O templo budista Banteay Kdei, que significa Cidadela das Câmaras, foi construído em meados do Século XII. Embora menor, é muito semelhante ao templo Ta Prohm. Ele está mais deteriorado que os outros templos em razão da má qualidade da pedra utilizada em sua construção. Banteay Kdei foi ocupado por monges em vários períodos, ao longo dos séculos, até a década de 1960.
Ta Nei
O templo budista Ta Nei, o Templo Escondido, é um pequeno templo localizado no fundo da selva cambojana e não é um destino turístico popular. Foi construído no final do Século XII e os arqueólogos o deixaram como era originalmente em sua maior parte, onde as raízes das árvores também se incorporaram às pedras do templo.
Dia 2
Angkor Wat
Angkor Wat é o maior e o mais bem preservado templo do complexo de Angkor e o único que ainda possui significado religioso. É considerado a maior estrutura religiosa já construída, e é também o tesouro arqueológico mais importante do mundo.
Foi construído no Século XII, durante o reinado de Suryavarman II, como demonstração de seu poderio. Foi dedicado ao deus Hindu Vishnu. Mais tarde, vários ícones budistas foram construídos, numa variedade de projetos e esculturas nas diferentes áreas do templo.
O templo é o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura Khmer. É uma estrutura maciça, cercada por um fosso que se estende por 3 km. Tornou-se o símbolo do Camboja, aparecendo em sua bandeira e moeda, e é a sua principal atração turística.
Angkor Wat é uma réplica em miniatura do universo em pedra e representa um modelo terreno do mundo cósmico. A sua torre central simboliza a mítica Montanha Meru, situada no centro do universo. Suas outras cinco torres correspondem aos picos de Meru. A parede externa corresponde às montanhas do limite do mundo e o fosso circundante representa os oceanos do além.
As vistas da selva ao redor e do enorme complexo visto lá de cima é impressionante. Um grande número de turistas madrugam no local para apreciarem o sol nascendo por trás do templo.
Bayon Wat
Bayon Wat, o templo dos Budas Sorridentes, foi construído no Século XII, sendo o último templo de pedras construído no Império khmer. Sua arquitetura grandiosa e os seus detalhes impressionantes simbolizam o fim de uma era de forma brilhante.
Os rostos de bodhisattva Avalokiteshvara, com um sorriso enigmático, cravados em cada uma das faces das torres, são chamados de a “Mona Lisa do Sudeste Asiático”.
Phimeanakas
Phimeanakas, o Palácio Celestial, é um templo hinduísta construído em forma de pirâmide no Século X junto ao palácio real.
Terraço do Rei Leproso
O Terraço do Rei Leproso foi construído para fins funerários, usado na cremação da família real. As paredes em volta do terraço estão cobertas de gravações em alto e baixo relevo de seres mitológicos, como nagas e demônios, criaturas marinhas e deuses.
No centro deste terraço está instalada uma estátua que é um dos maiores mistérios da região. Não se sabe se ela é humana, divina ou um pouco de ambas. Nem se o nome que a figura adotou, Rei Leproso, tem alguma ligação à realidade do império khmer ou não: de acordo com a lenda, o Rei Jayavarman VII sofria de lepra. E a estátua neste terraço encontrava-se em tal estado de degradação que fazia inevitavelmente lembrar sua doença.
Terraço dos Elefantes
O Terraço dos Elefantes é uma plataforma construída pelo Rei Jayavarman VII, no final do século XII, 300 metros e suas paredes chegam a atingir quatro metros de altura, como um balcão adjacente ao palácio real, de onde o Rei Jayavarman VII assistia a chegada do seu exército, jogos e muitas outras cerimônias sentado numa flor de lótus. No chão, ainda se reconhecem os buracos nos quais se fixava a tenda que protegia o rei do sol.
O Terraço dos Elefantes começou a ser construído por mas só foi finalizado pelo seu sucessor. No estilo Bayon, este monumento está repleto (tal como o próprio nome indica) de elefantes, esculpidos na pedra com um realismo assustador. De uma, duas ou três cabeças, guiados por príncipes ou por criados, rodeados de nagas, garudas, cavalos, leões, guerreiros e dançarinas, estes elefantes são o que torna o terraço uma das atracções mais procuradas da região de Angkor.
Faltou alguma coisa em nosso roteiro de Angkor? Deixe um comentário, ou nos envie um e-mail, contando como foi sua experiência de Ser Turista em Angkor.
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16 Comentários
Nossa, que viagem dos sonhos! Camboja é mesmo um destino que desperta muitas curiosidades! A quantidade de ruínas de templos é impressionante, quanta riqueza histórica e cultural. Amei as fotos das ruínas de Angkor. Quero muito conhecer. Amei seu conteúdo tão informativo! Obrigada!
Realmente é uma viagem de sonhos, Deyse. Me impressionei muito com toda a grandiosidade e energia do lugar. Certeza de que vai amar!
Super beijo.
Amei o post sobre as Ruínas de Angkor. Não conheço o Camboja ainda, mas está na minha lista de desejos, ler o seu post só aumentou essa minha vontade de conhecer esse país e suas riquezas históricas, culturais e de natureza.
Eu fiquei completamente apaixonado por Angkor, Norma. Impressionante ver de perto tanta história e o poder da natureza. Eu recomendo muito a viagem.
Super beijo!
Estou impressionada com a riqueza de detalhes e o estado de preservação das ruínas de Angkor, sem falar em todas histórias associadas, como a réplica do universo em pedra. Deve ser demais de perto. E não acredito que já tem guia que fala português no Camboja, a visita ficou ainda mais completa né?
Eu também me impressionei demais com Angkor, Fabíola. É uma riqueza de força da natureza, de energia, de história. Foi incrível ter conhecido o Alex, indicação do meu guia da Thailandia, que também fala português. A viagem não teria sido a mesma sem ele nos contando as histórias, nos levando em lugares especiais, e ainda tirando nossas fotos.
Super beijo.
Lucio, estou impressionada com esse lugar, que destino interessante, posso imaginar a energia que se sente ai né? Parabéns pelo post
Foi uma viagem maravilhosa, Hebe. Realizei um sonho ao visitar os templos de Angkor. Que destino emocionante!
Super beijo.
Uau! Que post! Amei e estou compartilhando, hoje mesmo estava pesquisando passagens para o Camboja e aí me surgiu seu post! Adorei as dicas e estou anotando tudo!
Fico feliz demais em saber que gostou, Noelia. Tenho certeza de que vai amar conhecer o Camboja. Siem Reap é um destino muito especial e as ruínas de AngKor são uma das coisas mais impressionantes que vivenciei.
Super beijo.
Amei conhecer as ruínas de Angkor pela sua visão. Que lugar peculiar e cheio de história! Obrigada por compartilhar sua experiência e a história do local, além das dicas sobre o vôo e o visto.
Angkor foi um lugar que me impressionou muito, Maria. As ruínas são monumentais, ricas em história e beleza. Eu amei conhecer!
Super beijo.
Adorei viajar através desse post! Camboja está na minha lista de desejos. As fotos das Ruínas de Angkor estão incríveis e as informações muito interessantes. Um lugar que realmente vale a visita. Vou salvar aqui!
Fico feliz com você viajando comigo, Angela. Certeza de que vai amar ver de perto toda essa história, beleza, energia e força da natureza em Angkor.
Super beijo.
Não sabia que o Camboja era tão interessante, Lúcio. Que maravilhosas são as ruínas de Angkor, as esculturas, os templos, preciosidades que precisam ser muito bem preservadas para as próximas gerações.
Obrigada pela dica do guia, importantíssimo ter este apoio nesta visita.
Eu fiquei completamente encantado com o Camboja, Gisele. As ruínas são maravilhosas e impressionantes. O Alex, nosso guia, fez toda a diferença no passeio.
Super beijo.